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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Desafio Literature-se 2021


  Desde o ano passado (e o anterior a ele) tive vontade de participar do desafio da Mel Ferraz, mas já tinha me comprometido com questões acadêmicas ou mesmo com outros desafios literários. Então, esse ano, decidi que o momento finalmente chegou. Eis aqui então a minha TBR!


1. Primeiro livro publicado pelo autor (Não Sou Eu uma Mulher? - Bell Hooks)

  Quero muito conhecer um pouco mais da obra da autora, e portanto resolvi ir às origens com seu primeiro livro.

2. Literatura queer (A Cor Púrpura - Alice Walker)

  Resolvi buscar recomendações da categoria e fiquei surpresa ao encontrar este livro que tanto ouvi falar, mas não fazia ideia de que tinha referência à cultura queer. Agora sim estou mais curiosa quanto a esta obra do que nunca.

3. Livro que inaugurou um movimento literário/estético (Obra Completa - Murilo Rubião)

  Inaugurando o Realismo Fantástico no Brasil com O Ex-Mágico da Taberna Minhota, Murilo Rubião é uma referência no gênero no contexto nacional. Por ser uma história relativamente curta, por que não ler a obra completa do autor?

4. Jornalismo literário (Vida de Escritor - Gay Talese)

  Esse tive que pesquisar para não cair no clássico de Os Sertões. Para alguém que queria ser jornalista na adolescência, eu não me mostrei muito afim de jornalismo literário desde então. Pesquisando, este livro me pareceu interessante de um autor bastante reconhecido no gênero e espero poder em breve dar os pareceres sobre por aqui.


5. Fluxo da consciência (A Hora da Estrela - Clarice Lispector)

  Embora tal tipo de literatura seja muito característico da Virgínia Woolf, preferi matar as saudades da obra de Clarice com esse clássico nacional.

6. Biografia (Eu Sei Porque o Pássaro Canta na Gaiola - Maya Angelou)

  Este é um livro de belíssimo nome e bem recomendado que acabei de descobrir que se refere a uma autobiografia (o que espero que não conte como trapaça para a categoria por ser "auto"). Curiosa para saber o que encontrarei na obra.

7. Literatura de povos originários (A Vida não é Útil - Ailton Krenak)

  Apresentando uma simultaneamente simples e genial perspectiva, o autor provoca transformações em poucas palavras. Sigo assim na busca de conhecer mais o seu trabalho.

8. Crônicas (A Traição das Elegantes - Rubem Braga)

  Um colega tem Rubem como seu autor favorito e além de sempre me recomendar, ainda traz à tona semelhanças entre nossa escrita. Não posso mais deixar pra depois a leitura para conhecer tal autor, não é mesmo?

9. In media res (Os Deuses de Asgard - Rick Riordan)

  Até então eu não conhecia o gênero que se caracteriza por começar o livro no meio da história, da ação. Bem, conhecia, mas não com esse nome. Por isso, vou fechar a trilogia de Magnus Chase, sendo sabido que Rick Riordan adora começar seus livros já em meio a uma batalha.


10. Literatura vitoriana (O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë)

  A verdade é que li alguns livros da era vitoriana e não sabia, especialmente os clássicos do terror. Então, dessa vez vou buscar conhecer pelo menos uma das irmãs Brontë.

11. Literatura afro/negro-brasileira (Quarto de Despejo - Carolina Maria de Jesus)

  Finalmente, darei a prioridade merecida para esta obra nacional. Mal posso esperar para ler os diários de Carolina.

12. Poesia nacional contemporânea (Tudo Nela Brilha e Queima - Ryane Leão)

  Com este belíssimo nome, aprofundo no projeto de leitura de mulheres negras e me aventuro na poesia da autora.


  Bem, gostei muito dos livros escolhidos,  e muitos deles foram uma surpresa e/ou demandaram muita busca. Assim, eles são uma mistura de oportunidade de conhecer autores fora da zona de conforto e de aprofundar em outros já conhecidos. É sabido também que é possível que alguns sejam trocados nesse meio do caminho e que obviamente a ordem de leitura não será seguida. Ao final do ano conto um pouquinho mais como foi a experiência! Abraços e boas leituras pra vocês.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Conclusão do Desafio Literário da Volta Ao Mundo em 12 Livros



 Este foi uma desafio literário muito interessante e que abriu muitas portas de leituras que certamente não faria tão cedo. Não segui à risca a leitura de cada país em seu mês, seguindo mais a minha intuição literária por assim dizer, e consegui dar cabo das leituras que se mostraram excelentes!

 

Janeiro: Brasil (O Auto da Compadecida – Ariano Suassuna)

  De um senso de humor único, a peça é viva e se desenrola na frente de nossos olhos. Leitura rápida que pode ser feita de uma vez se mostra uma obra de arte nacional.

 

Fevereiro: Colômbia (Crônica de uma Morte Anunciada - Gabriel Garcia Marquez)

  Apesar de curto, é um livro que levei um pouco mais de tempo do que imaginei para ler. Um clássico latino, é uma obra que vale a pena ser lida e mistura ficção e realidade com a escrita mágica do Gabo.

 

Março: México (Pedro Páramo – Juan Rulfo)

  Decidi trocar a obra escolhida para algo mais literário e foi difícil encontrar uma obra que me introduzisse na literatura mexicana, o que mostra a necessidade desse tipo de desafios literários. É daqueles livros que é mais interessante falar sobre do que ler – perdoem-me os fãs -, mas ainda assim uma obra extremamente necessária para pensar nas dinâmicas de poder da América Látina.

 

Abril: Canadá (A Odisseia de Penélope - Margaret Atwood)

  Superou minhas expectativas e me deu grande nostalgia de livros sobre a temática mitológica grega. Margaret sabe mesmo contar histórias sobre mulheres.

 

Maio: Noruega (O Dia do Curinga - Jostein Gaarder)

  Um grande queridinho que supera O Mundo de Sofia para muitos, se mostrou uma obra interessante. O arco do pai com o menino em busca da mãe me encantou muitíssimo, mas a parte “mágica” da coisa me pareceu muito confusa até quase o final do livro onde tudo é amarrado, e teve um tom Alice no País das Maravilhas que agrada a muitos, mas que sempre me dá um certo cansaço. Ainda assim, uma boa leitura.

 

Junho: Portugal (As Intermitências da Morte - José Saramago)

  Troquei uma obra do Saramago por outra e não me arrependo, pois o tom da narrativa foi o ideal para o momento e se tornou um dos favoritos do ano. Pra saber um pouco mais, confira a resenha aqui.

 

Julho: Itália (O Calibã e a Bruxa – Silvia Federici)

  Preferi conhecer o trabalho da Silvia a ler O Inferno de Dante, o que se mostrou uma boa escolha. Pretendo inclusive conhecer mais o trabalho da autora que tem uma leitura muito relevante e impactante das questões de gênero.

 

Agosto: Rússia (Crime e Castigo - Dostoievski)

  O calhamaço me introduziu à Literatura Russa que, de fato, é muito única.

 

Setembro: Nigéria (Sejamos Todo Feministas - Chimamanda Ngozi Adichie)

  Preferi pegar uma obra mais curta da autora para conhecer aos poucos seu trabalho e este é um rápido livro que faz uma boa introdução sobre o feminismo que se entrelaça à história da autora.



Outubro: Irã (Embroideries – Marjani Satrapi)

 

  Percebi que o autor do livro que eu tinha escolhido não era do Irã e, portanto, recorri à Marjani Satrapi com seu excelente graphic novel Embroideries, que fala sobre ser mulher em seu país, e mais ainda, em sua família. Tudo com muito bom humor, o que torna o livro melhor ainda.

 

Novembro: Japão (Sono - Harumi Murakami)

Livro bastante existencial, de rápida leitura e bastante interessante para uma introdução à Literatura Japonesa, por exemplo.

 

Dezembro: Austrália (O Azarão - Markus Zusak)

Livro que eu gostaria de ter lido na adolescência, a obra tem um tom de adolescente realista em crescimento.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Playlists Favoritas de 2020 no Spotify

 


Confesso que ouvi bem mais música no início do ano que agora e isso influenciou bastante na escolha das playlists, mas aqui vamos nós.

 

2020

A clássica playlist anual feita por mim com as músicas mais recorrentes do ano nas minhas playlists favoritas.

 

This is Bon Iver

Sempre presente em diversas playlists minhas, acabei mergulhando bastante na específica da do cantor. Excelente para ler e relaxar.

 

Diário da Bruxa – Leitura de Tarot

Daqui saíram as músicas mais ouvidas do ano. A playlist da Pri Ferraz me inspirou muito ao longo do ano, me fazendo refletir bastante enquanto pintava aquarelas.

 

Cosy Tea Time

A playlist da Melina Souza foi excelente para os fins de tarde mais chuvosos.

 

Espero que você também tenha composto uma boa trilha sonora pra esse ano e vejamos como será a do ano que vem.

 

sábado, 2 de janeiro de 2021

Livros Lidos em 2020

   Anos difíceis costumam render boas e muitas leituras, uma vez que a Literatura ajuda a me colocar nos eixos. Ao mesmo tempo que foi um ano de preparo para pós-graduação, o que rendeu cerca de 14 livros acadêmicos lidos, foi também um ano em que precisei de muitas leituras confortáveis e leves, o que me fez retomar a leitura de Heróis do Olimpo, por exemplo, e até de dar uma chance pra Saga Crepúsculo, o que rendeu à Stephenie Meyer o título de autora mais lida do ano.

  Nesse ano, com o desafio de volta ao mundo em 12 livros – que futuramente posso fazer um post sobre a experiência -, esforcei-me por conhecer novos autores de países cuja literatura eu desconhecia e até mesmo de revisitar velhos conhecidos. Assim, isto me rendeu 20 livros lidos de autores de origem fora do eixo literário predominante dos EUA, Inglaterra e França, por exemplo.

  E por falar em diversidade literária, tive minha introdução em literatura indígena com Ailton Krenak e dou continuidade no meu movimento de leitura de obras de mulheres negras com a incrível ficção científica de Octavia Butler, a leitura de mundo da Chimamanda e da ficção realista de Conceição Evaristo.

  Outro ponto que me chamou atenção foi que a metade dos meus favoritos são livros de mulheres sobre mulheres, que eu já sabia que iriam me encantar antes mesmo de chegar ao meio da obra. Inclusive, os favoritos estão na lista abaixo em destaque.

  Além disso, li 6 livros em inglês por questões de disponibilidade, e sigo apreciando o trabalho de tradução.

  Participei intensamente ainda de 5 maratonas literárias, tendo umas muito produtivas e outras nem tanto, com destaque para a Maratona de Verão, do Isolamento e de Halloween.

  Um ponto de destaque foi o fato de como o Kindle mudou meu ritmo de leitura, que foi intensificado até pelo fácil acesso às obras. Assim, li apenas 2 livros físicos e todos os outros foram no formato digital. Totalizei assim 57 livros lidos ultrapassando minha meta de 50 livros para o ano.

  Abaixo, acompanhe a lista de livros lidos.



1- O Desenvolvimento Desigual – Neil Smith

2- As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley

3- Por uma Geografia do Poder – Raffestin

4- Crônicas de uma Morte Anunciada – Gabriel Garcia Marquez

5- 17 Contradições e o Fim do Capitalismo – David Harvey

6- O Auto da Compadecida – Ariano Suassuna

7- Sono – Murakami

8- Cavernas de Aço – Asimov

9- Kindred – Octavia Butler

10- Sejamos Todos Feministas – Chimamanda

11- Mulheres que Correm com Lobos – Clarissa Pinkola Estés

12- Crepúsculo – Stephenie Meyer

13- Geografia: Conceitos e Temas – Corrêa et. al

14- Lua Nova – Stephenie Meyer

15- Becos da Memória – Conceição Evaristo

16- O Calibã e a Bruxa – Silvia Federici

17- Ideias para adiar o Fim do Mundo – Krenak

18- O Amanhã Não Está a Venda – Krenak

19- Eclipse – Stephenie Meyer

20- A Odisseia de Penélope – Margaret Atwood

21- Amanhecer – Stephenie Meyer

22- A Breve Segunda Vida de Bree Taner – Stephenie Meyer

23- Post Modern Condition – David Harvey

24- Vida e Morte – Stephenie Meyer

25- Espaço e Política – Lefebvre

26- As Intermitências da Morte – Saramago

27- Viagem ao Centro da Terra – Julio Verne

28- A Parábola do Semeador – Octavia Butler

29- Aula – Roland Barthes

30- A Literatura em Perigo – Todorov

31- A Poética do Espaço – Bachelard

32- Ler, Brincar, Tecer e Cantar – Yolanda Reyes

33- A Revolução no Ponto Zero – Silvia Federici

34- Para Ler como um Escritor – Francine Prose

35- Views of Nature – Humboldt

36- Geomorfologia e Geografia Física – Suertegaray

37- Discurso do Método – Descartes

38- Pedro Páramo – Juan Rulfo

39- O Sol da Meia Noite – Stephenie Meyer

40- O Azarão – Markus Zusak

41- Embroideries – Marjani Satrapi

42- Sociedade do Cansaço – Byon Chul Han

43- Instagram Skills – Orna

44- Turning Pro – Steven Pressfield

45- A Marca de Atena – Rick Riordan

46- Realism and Space in Novel, 1795-1869: Imagined Geographies – Rosa Mucignat

47- Drácula – Bram Stoker

48 – A Parábola dos Talentos – Octavia Butler

49 – Made to Stick – Chip and Dan Heath

50- Frankenstein – Mary Shelley

51- O Médico e o Monstro e Outros Contos – Stevenson

52- O Monge e o Executivo – James Hunter

53- A Casa de Hades – Rick Riordan

54- Aula Nota 10 – Doug Lemov

55- O Sangue do Olimpo – Rick Riordan

56- O Dia do Curinga- Jostein Gaarder

57- A Espada do Verão – Rick Riordan


 Bem, deu pra perceber que fiquei muito satisfeita com o resultado das leituras. Para o ano que vem, desejo ter ainda mais diversidade de autores e pretendo continuar na alternância de livros clássicos, acadêmicos e confortáveis. Além disso, não colocarei uma meta numérica de leitura, mas certamente devo mergulhar em maratonas e desafios literários.

Espero que a leitura também tenha sido um conforto pra você nesse ano e que 2021 seja melhor e com muitas boas leituras.


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