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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Diário de Leitura de As Brumas de Avalon | Parte 2



17 de Janeiro de 2020

  Em O Gamo-Rei, a história vai admitindo um caráter de maior complexidade à medida em que os personagens vão se espalhando pelo mapa - que aliás poderia estar incluído na edição para ajudar na visualização. Este é um fator que vai lembrando a sensação que tive lendo As Crônicas de Gelo e Fogo, cujos livro só haviam me remetido anteriormente na personalidade de Sansa e de Gwenhwyfar. Há inclusive momentos do desenvolvimento da personagem até muito parecidos, no entanto, quem diria, a Sansa acabou se desenvolvendo melhor na outra série de livros. No entanto, ainda assim, compreendo melhor a personagem arturiana.

20 de Janeiro de 2020

  Esse se mostra um livro mais impactante que o anterior, embora  desenrolar de seus momentos  mais emocionantes sejam consequência do anterior. Cenas fortíssimas de abalar o coração de quem já se envolveu com os personagens, com direito a reações físicas, isto é, arfadas e lágrimas.

21 de Janeiro de 2020

  Morgana lida com uma culpa muito realista por ter deixado Avalon para trás, ainda que este esteja sempre em seu coração. Ela o defende melhor que o novo Merlim, que acaba conquistando sua frustração e a minha também. Afinal, suas decisões em relação a Viviane muito me decepcionaram e mostraram finalmente os defeitos de Artur que eu, cegamente, não tinha reparado antes. Artur no anseio de fazer a todos felizes, esquece-se de si, cede demais, principalmente a Gwenhwyfar e aos padres. Além disso, a verdade vêm finalmente à tona, o que é intrigante, mas Artur acaba não tomando nenhuma posição que partisse realmente de si.

23 de Janeiro de 2020

  Depois de tantos anos com uma submissão camuflada de vontade aos homens e às cortes supérfluas, Morgana finalmente se dá conta de sua importância enquanto sacerdotisa, da posição que lhe espera como Senhora do Lago. Não via a hora de isso acontecer.

26 de Janeiro de 2020

  É para mim muito interessante ver como os personagens envelheceram e, mais que isso, amadureceram. Até os mais insuportáveis para mim, agora são mais razoáveis. Sempre me encanta muito a ideia de "crescer com o personagem", ainda mais quando tudo é feito de forma tão verossimilhante.

Espada, História, Cavaleiro, Armas, Armadura, Guerreiro

29 de Janeiro de 2020

  Me mostro uma leitora completamente parcial, acabo me colocando do lado de Morgana em todas as circunstâncias. Suas triszetas e frustrações me entristecem igualmente, e suas reviravoltas me enchem de esperança.


1 de Fevereiro de 2020

  O livro começa a se mostrar bastante surpreendente e a quebra de expectativa é real. Conforme o último livro chega, uma certa melancolia de que já estamos chegando no fim começa a se abater(melancolia esta que também afeta aos personagens).

4 de Fevereiro de 2020

  Com a aparição do Graal, os últimos elementos da saga arturiana vem se desenrolando. Aparece com uma perspectiva muito interessante, reafirmando o que o antigo Merlim, Taliesin, costumava dizer sobre os deuses.

7 de Fevereiro de 2020

  A insanidade cai bem em Lancelote, que começa a agir de uma forma que eu simpatize com ele (a estranha então não seria eu?). Assim como a maturidade começa a cair bem em Gwenhwyfar que finalmente começa a questionar certos pensamentos e agir mais, embora que nem tudo (muito pouco na verdade) dê para defender.

11 de Fevereiro de 2020

  Mordred se mostra uma criatura muito ambiciosa, calculista, pela criação recebida por Morgause, sim, mas também por si mesmo. Assim como Morgana se perguntava como tudo seria se tivesse usado seu filho como trunfo, me pergunto como seria se o menino tivesse mais contato com ela e com o pai. Acaba que Morgana repete as mesmas questões de maternidade com ele que Viviane tinha com Lancelote. Este, no entanto, jamais se rebelou ou agiu tão inconsequente até mesmo com quem amava, como esse fez com Niniane.

19 de Fevereiro de 2020

  O encerramento foi uma enorme tragédia, muito honrada para não dizer digna, embora seja apenas uma questão de vocabulários. Embora eu não pudesse esperar algo diferente, já que tudo nos trouxe até aqui, no fundo sempre esperamos o melhor pros personagens que há tanto nos acompanharam.

  Bem, encerrar estes livros me dá uma verdadeira sensação de novo ciclo, embora eu não saiba o que isso quer dizer. As discussões religiosas e filosóficas são absolutamente enriquecedoras e é um livro transformador. Um dos melhores livros da minha vida.
  Em breve espero poder ler os livros da sequência e aprimorar este formato de diário de leitura.


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