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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Me diga como ser artista, mas nem tanto...


  Ontem assisti um vídeo que começava com um poema de Bukowski que dizia basicamente para não fazer nada que não te tire do eixo, que não te seja uma pulsão tremenda. Nunca li nada do velho - com todo respeito, é sabido que este é seu título - além de poemas deprimentes muito típicos de jovens adultos. Mas esse poema que vos falo me encheu os olhos.

  Para minha surpresa o video continuou no sentido de falar que nada disso era verdade, que era preciso disciplina muito mais do que pulsões. Ora, sou eu a dizer isso a mim mesma e a todos os outros a vida inteira, mas quando o narrador me disse aquilo, senti-me ofendida. Isso não faz a arte parecer um produto?

  Talvez haja um meio termo, algo entre o vício e a virtude. Mas é preciso um tato pra reconhecê-lo que desconheço um artista que possua. Um artista tem todos os sentidos expandidos a ponto de êxtase, mas talvez tato seja o menos aflorado deles como uma medida compensatória.

  O narrador continua seu trabalho alegando que o artista que não faz arte é um alguém quase enlouquecido que supre suas necessidades por viver seus próprios dramas. Não seria isso viver artisticamente? Pelo menos até seu próprio drama arruinar sua vida. Talvez eu não estea vivendo meus dramas e minhas artes direito. Ou talvez esteja e só perceba com o passar dos anos.

  O fato é que entre muita reflexão com um vídeo de 10 minutos que me mandava escrever, estou eu aqui escrevendo mesmo sem saber se concordo ou discordo. Uma procrastinação sincera de escrever algo maior, é verdade, mas é uma pulsão semi-disciplinada. Mesmo assim, não um meio termo certamente.



O famigerado: https://www.youtube.com/watch?v=1lTcgSzf0AQ



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Escritora, professora, universitária, leitora ávida, amante das artes.
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