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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Resenha do livro O Rei do Inverno de Cornwell



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  O primeiro livro das Crônicas do Rei Artur de Bernard Cornwell introduz sob uma nova  visão personagens muito conhecidos para os amantes das histórias do rei. Isso pode ser bastante interessante se deixarmos de lado nossos pré-conceitos - e isso também serve pra mim. Deparamo-nos com uma Igraine não tão rígida, uma Nimue mais palpável, um Artur mais humano e uma Guinevere ainda mais manipuladora, o que são adicionais incríveis que de certa forma compensaram um Merlin despreocupado e frio e uma Morgana exausta.

  Temos ainda como narrador Derfel Cadarn, que teríamos no máximo como um monge ou cavaleiro, mas que nesse caso se trata de bem mais que isso. No início, perguntei-me porque dar a narração para um personagem tão simples quanto ele, mas conforme a história avança, fui me apegando ao seu crescimento. Entendi, por fim, que ele funciona perfeitamente como uma ponte que une um leitor deslocado às complexas guerras e conflitos da nobreza de uma forma até mesmo emocional.



Dragons, Orcs, And Geeks
  A partir disso temos o enredo principal de O Rei do Inverno: Derfel se torna um guerreiro de Artur para proteger a Dumomnia em nome do pequeno rei Mordred. A primeira parte do livro é um pouco confusa até para quem já está acostumado com os trâmites arturianos - ainda que eu não lembrasse de muita coisa -, mas depois tudo fica mais fluido, principalmente depois da metade do livro. Os personagens são muitos e como um bom calhamaço de fantasia dá pra se confundir um pouco - talvez muito - com os detalhes, por isso é preciso atenção redobrada nessa leitura.
  É uma boa pedida para os fãs de As Crônicas de Gelo e Fogo pois tem uma localização temporal e uma temática parecida se ignorarmos a diferença de universos. E o bom é que embora tenha continuação, o Rei do Inverno por si só é uma obra apreciável, não te tornando necessariamente refém de uma série de livros.
  Algo que considerei muito interessante foram as Notas do Autor, nas quais ele explica a troca de alguns nomes e contextualiza alguns acontecimentos de acordo com os mais antigos registros. Inclusive, penso até que esta parte deveria estar no início e não no final.
  O fato é que comecei a ler sem expectativas, e embora no início achasse que fosse me decepcionar, acabei por gostar bastante e me tornar ainda mais fiel às histórias arturianas.
  E vocês? Tem algum livro do gênero pra me indicar?

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Um Dia Comum em 10 Fotos

  Não precisamos encher nossas contas do Instagram de dias únicos e fotos de viagens para termos uma vida boa. Por esse motivo, a proposta desse post é mostrar como as pequenas coisas do dia a dia também podem ser bonitas e cheias de significado.

  Sabe, aquele mural na sua faculdade que você passa sem olhar sempre com pressa mesmo que sem necessidade? Às vezes ele tem algo a te dizer.

Nada como tentar fazer aquela receita que sempre se gostou mas não se fazia ideia de como fazia. Fácil não foi - a gente sempre se enrola -, mas é tão bom ver que deu "certo" no final.

Sempre bom tentar um novo hobbie fazendo algo bem bonitinho, ele mesmo, Yarn.

E quando eu disse tentar um novo hobbie, é de tudo mesmo.

A melhor parte do jardim, além de colocar a mão na terra, é ver ele florescer. E ver sob novos ângulos torna tudo ainda mais bonito.

Até no engarrafamento dá pra capturar algo curioso, meio irônico, até.

Nossos dias também deveriam ter espaço para nos apreciarmos, cada detalhe, sem grandes arrumações, sob novas luzes, novas cores.

Quem diria que até os corredores tem um pouco de graça?
Até as coisas da cozinha podem ter o seu charme se você olhar com os olhos certos.

Também é bom saber apreciar as paisagens que encontramos - ou nos encontram - em nosso caminho pendular diário.

  Bem, é isso. Espero ter conseguido mostrar que com um novo olhar, nossos dias de simples, se tornam extraordinariamente lindos.


sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Livros lidos em 2017

 Imagem de book, coffee, and tumblr 
Como de praxe, aqui vai a lista dos lidos do ano passado. Desta vez, não estabeleci metas visto o fracasso do ano anterior. No fim, obtive um resultado muito superior à 2016, quase o dobro! Por esse motivo, pra esse ano já coloquei uma meta de 50 livros, mas é aquilo, se não der, sem problemas contanto que livro não lido signifique dia vivido.



1- Os Miseráveis - Victor Hugo
2- A Mulher que Vive na Terra - Swain Wolfe
3- Geografias Pós-Modernas - Soja
4- A Sociedade do Espetáculo - Debord
5- O Fantasma da Ópera - Gaston Leroux
6- A Contorcionista Mongol - Muggati
7- O Festim dos Corvos - R.R. Martin
8- Poesia Reunida - Wilson Rocha
9- Atalhos para a Felicidade Espiritual - Rinpoche
10- Porque acredito na Imortalidade da Alma - Sir Oliver Lodge
11- Auto-engano - Ginetti
12- Inteligências Múltiplas: A Teoria na Prática - Gardner
13- Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas - Carnegie
14- Pé de Página para Freud - Darian Leader
15- Pensar é Transgredir - Lya Luft
16- Perdas e Ganhos - Lya Luft
17- O Mágico de Oz - Frank Baum
18- O Quarto Crescente - Rae Beth
19- Laranja Mecânica - Anthony Burgess
20- Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho - Francisco Xavier por Humberto de Campos
21- Amor Líquido - Bauman
22- Vida Organizada - Thais Godinho
23- A Dança dos Dragões - R.R. Martin
24- A Lista Negra - Jennifer Brown
25- A Descoberta da América pelos Turcos - Jorge Amado
26- O Guia - Narayan
27- O Senhor das Moscas - Golding
28- Bom-Í-Zu - Tiaozito
29- O Sorriso da Hiena - Gustavo Ávilla
30- Clima: Boas Práticas - ADEMADAN
31- Há 2000 Anos - Francisco Xavier
32- Pedologia - Fundamentos - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
33- A Imagem - Aumont
34- 10 Steps Earning Awesome Grades -Thomas Frank
35- Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal - Allan e Barbara Pease
36- Anjos da Morte - Spohr
37- Brasil: Mito Fundador e Sociedade Autoritária - Marilena Chauí
38- Amor de Perdição - Camilo Catelo Branco
39- O Desenvolvimento da Personalidade - Jung
40- O Ócio Criativo - Domenico de Masi

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Jornada MLV: Maratona Literária de Verão





  Desta vez, a maratona promovida pelo maravilhoso Geek Freak vai estar mais emocionante que nunca, com um ar bem de RPG. O objetivo não é competir, mas sobreviver e passar pelas cidades dependendo do seu reino. Os reinos são Arcania, caracterizada pelos feiticeiros, e Galtero, reino dos guerreiros. Você escolherá o seu reino a partir das afinidades ou desafios literários. Tudo está muito explicadinho no link que deixei ali em cima pra vocês. Além do clima de aventura, uma coisa que adorei foi o fato do nome ser Jornada, que se refere a uma aventura que se pauta no caminho e não no final.
  Vale falar é claro, que a maratona vai do dia 13 a 27 de janeiro.Não esqueçam de acompanhar no Twitter os sprints e interações que são a melhor parte da aventura. Agora vamos à TBR, que é claramente pautada nos desafios de Arcania, reino que a bruxa aqui escolheu logo de cara.

Imagem de excalibur and king arthurElben: Alto Clero. - "Um livro que era pra ser lido em 2017".
O Mito da Desterritorialização - Haesbart
Nada como agradar o clero acadêmico pra terminar de ler essa obra geográfica que é incrível, embora densa.

Celestine: torres. - "Um livro com hype antigo".
O Rei do Inverno - Cornwell
Eu me encanto muito pelas histórias do Rei Arthur e desde que encontrei esse livro na livraria e vi todo mundo falando sobre fiquei doida por ele. Apesar disso, comecei a ler um pouco e achei um pouco duvidoso, por isso espero que as coisas mudem e, embora eu esteja com expectativas baixas, espero que no final esteja tudo tão alto como as torres de Celestine.

Néfato: academia das bruxas. - "Um livro nacional da atualidade".
O Sorriso da Hiena - Gustavo Ávilla.
Ué, mas eu já não tinha lido? Mas não no meu exemplar autografado, e não com a profundidade que eu gostaria. Esse livro merece uma boa releitura, senhores.
Imagem de book, book love, and bookworm
El Buiré: porto. - "Um livro de um autor que nunca li".
Outros Jeitos de Usar a Boca - Rupi Kaur
Vou dizer aqui que já faz tempo que estou louca pra ler as poesias dessa moça e fiquei muito contente quando consegui comprar o livro. Vamos desembocar nessa arte toda.

Extra: Agradando o Rei e a Rainha. - "Livro com Protagonista Feminina" e "Ler um Conto".
Todos os Contos - Clarice Lispector
Eu que não sou boba vou juntar o útil ao agradável. Obviamente, não estou certa de conseguir ler todos, mas espero dar andamento nesta obra.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Para 2018: Viver ao Invés de Existir


  Aparentemente, 2017 não foi um ano muito bom para os mortais - e mesmo semi-deuses e deuses menores. E bem, não era pra ser fácil. Foi um ano de limpeza e sabemos que faxina braba cansa, quebra coisas, joga fora lembranças que estavam ali mais pra fazer peso que pra levar pra frente.

  Eu vi amigos se dissolverem em colegas e colegas se tornarem amigos. Tive que, enfim, admitir, que algumas amizades só existiam pra mim, que eram águas passadas, que não faziam questão de mim, e, portanto, não poderia me prender a eles de forma alguma. Lidei com um reconhecimento difícil: o reconhecimento de que o amor era pautado em um ideal, porque na realidade tínhamos um individuo pela metade. E, meus caros, jamais pensem em se dividir pra completar alguém. Eis o clichêzão que a gente nunca pratica. Mas, felizmente, também vi muito  começar e muito permanecer, e é aqui que mora a beleza da tormenta: apreciar o que ficou inteiro, abandonar o destruído e reconstruir o que for preciso.

  Enfim, renovados, se aproxima de nós um novo momento. Um ano que exige menos passividade e mais energia. Uma forma, aliás, de identificar as vivências dessa jornada, é fazendo todos os dias uma coisa diferente e registrar isto. Dessa forma, você terá plena consciência de que seus dias não se repetem e que não está desperdiçando seu tempo. Existir como uma forma de sobreviver às pelejas diárias não é mais uma opção para aqueles que desejam viver. E é isso que desejo a vocês nesse 2018: uma boa vida.

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