Resenha The Avengers: Age Of Ultron
Depois de lançar alguns filmes durante essa pausa de dois anos entre o primeiro filme de The Avengers e o segundo, a Marvel aprendeu mais sobre o que o público gosta. Ela sabe que abrange um público mundial de todas as idades e quase todas as classes sociais. Abusou das piadinhas. E quando digo abusou, quero dizer exagerou. Tornou-se um filme divertido e sessão da tarde demais para o que o trailer pareceu oferecer.
A musiquinha do Pinocchio numa versão mais diabólica no fundo me pareceu excelente e impactante, adoro esses jogos com músicas infantis. Porém, o filme não é tão impactante assim, o que me decepcionou muito.
Mas parando para elogiar um pouco, houve mais diálogos do que no primeiro filme - que me parece que foi mais para contextualizar a formação dos integrantes. Não quero dizer que houve inúmeros diálogos, mas que eles exploraram um pouco mais. Falando em explorar, houve uma tentativa de se aprofundar nos personagens: suas histórias, personalidades, medos... Aliás, a Viúva Negra ganhou um destaque muito agradável.
Entretanto, houve tanta tentativa de aprofundamento que às vezes eu quase esquecia do problema principal. Problema principal esse que fui citar aqui no meio da resenha de tanto que ficou de lado no filme. Enfim, em resumo, os vingadores estão combatendo mais alguns de seus vilões para pegar de volta o cetro do Loki (que nem aparece no filme, sinto muito em dizer). Esse cetro contém uma gema com grande concentração de poder, e Tony Stark pede para examiná-la antes de manda-la de volta para Asgard. Mas obviamente, esse exame não dá certo, já que ele decide criar uma inteligência artificial a partir dela. A Inteligência se rebela e vira Ultron.
Inteligência Artificial se rebelando não é um enredo revolucionário, pois que já é usada faz tempo, mas continua a interessar de qualquer forma. Ultron tem uma ligação muito interessante com o Pinocchio, e há uma "relação pai-filho" entre ele e o Stark, que poderia ter sido explorada de melhor forma. Também me interessei pelo fato de no início do filme, Ultron hesita a machucar um humano e conforme a inteligência dele expande ele simplesmente nem se importa em destruir a humanidade. Apesar disso, ele é um vilão que cativa, e o espectador tende a tentar compreendê-lo, já que ele é um robô muito humanizado. Entretanto, diante de tantos focos no filme, o vilão quase fica de lado.
O que mais me pareceu sem explicação mesmo foi o fato de o Loki ter uma gema tão poderosa no cetro o tempo todo e nunca ter percebido. Logo ele que é tão inteligente. Nesse aspecto, ou a Marvel o subestimou muito, ou houve um furo, ou eu não entendi direito. Mas isso ainda me incomoda muito.
Em resumo, eu me diverti muito assistindo. Depois que parei para pensar me senti incomodada com essas inúmeras coisas, mas é um filme de heróis. Não é algo para ser profundamente conceitual. É diversão. É bom. Eu gosto dos personagens
OBS: Tem cena extra no final, não saia correndo quando os créditos subirem. Bom filme.
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