Conclusão do Desafio Literário da Volta Ao Mundo em 12 Livros
Este foi uma desafio literário muito interessante e que abriu muitas portas de leituras que certamente não faria tão cedo. Não segui à risca a leitura de cada país em seu mês, seguindo mais a minha intuição literária por assim dizer, e consegui dar cabo das leituras que se mostraram excelentes!
Janeiro: Brasil (O Auto da Compadecida – Ariano Suassuna)
De um senso de humor único, a
peça é viva e se desenrola na frente de nossos olhos. Leitura rápida que pode
ser feita de uma vez se mostra uma obra de arte nacional.
Fevereiro: Colômbia (Crônica de uma Morte Anunciada - Gabriel Garcia Marquez)
Apesar de curto, é um livro
que levei um pouco mais de tempo do que imaginei para ler. Um clássico latino,
é uma obra que vale a pena ser lida e mistura ficção e realidade com a escrita
mágica do Gabo.
Março: México (Pedro
Páramo – Juan Rulfo)
Decidi trocar a obra escolhida
para algo mais literário e foi difícil encontrar uma obra que me introduzisse
na literatura mexicana, o que mostra a necessidade desse tipo de desafios
literários. É daqueles livros que é mais interessante falar sobre do que ler –
perdoem-me os fãs -, mas ainda assim uma obra extremamente necessária para
pensar nas dinâmicas de poder da América Látina.
Abril: Canadá (A
Odisseia de Penélope - Margaret Atwood)
Superou minhas expectativas e me
deu grande nostalgia de livros sobre a temática mitológica grega. Margaret sabe
mesmo contar histórias sobre mulheres.
Maio: Noruega (O
Dia do Curinga - Jostein Gaarder)
Um grande queridinho que
supera O Mundo de Sofia para muitos, se mostrou uma obra interessante. O arco
do pai com o menino em busca da mãe me encantou muitíssimo, mas a parte
“mágica” da coisa me pareceu muito confusa até quase o final do livro onde tudo
é amarrado, e teve um tom Alice no País das Maravilhas que agrada a muitos, mas
que sempre me dá um certo cansaço. Ainda assim, uma boa leitura.
Junho: Portugal (As
Intermitências da Morte - José Saramago)
Troquei uma obra do Saramago
por outra e não me arrependo, pois o tom da narrativa foi o ideal para o
momento e se tornou um dos favoritos do ano. Pra saber um pouco mais, confira a
resenha aqui.
Julho: Itália (O
Calibã e a Bruxa – Silvia Federici)
Preferi conhecer o trabalho da Silvia a ler O Inferno de Dante, o que se
mostrou uma boa escolha. Pretendo inclusive conhecer mais o trabalho da autora
que tem uma leitura muito relevante e impactante das questões de gênero.
Agosto: Rússia
(Crime e Castigo - Dostoievski)
O calhamaço me introduziu à
Literatura Russa que, de fato, é muito única.
Setembro: Nigéria (Sejamos
Todo Feministas - Chimamanda Ngozi Adichie)
Preferi pegar uma obra mais
curta da autora para conhecer aos poucos seu trabalho e este é um rápido livro
que faz uma boa introdução sobre o feminismo que se entrelaça à história da
autora.
Outubro: Irã (Embroideries
– Marjani Satrapi)
Percebi que o autor do livro que
eu tinha escolhido não era do Irã e, portanto, recorri à Marjani Satrapi com
seu excelente graphic novel Embroideries, que fala sobre ser mulher em seu
país, e mais ainda, em sua família. Tudo com muito bom humor, o que torna o
livro melhor ainda.
Novembro: Japão
(Sono - Harumi Murakami)
Livro bastante existencial, de rápida
leitura e bastante interessante para uma introdução à Literatura Japonesa, por
exemplo.
Dezembro: Austrália
(O Azarão - Markus Zusak)
Livro que eu gostaria de ter lido na adolescência, a obra tem um tom de adolescente realista em crescimento.
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