Resenha de Doutor Estranho
Eu tinha completa noção dos riscos que eu corria com minhas altas expectativas num filme da Marvel, estúdio cuja fórmula já me cansou desde o último filme do vingadores. Mesmo assim, não me prestei ao trabalho de reduzir minhas esperanças já que o papel principal estava nas mãos de ninguém mais ninguém menos do que Benedict Cumberbatch, meu ator favorito.
Em uma dinâmica narrativa de origem, o filme passa pela inicial face egocêntrica de Stephen Strange, um talentoso médico cirurgião, passa também pela face desacreditada do médico que perdeu a capacidade de movimentar suas mãos perfeitamente, pela do aprendiz intrometido e, por fim, pela do grande mago.
O elenco é talentosíssimo e os efeitos especiais são de encher os olhos. Fiz certa questão de assistir em uma sala com imax pela qualidade visual e sonora e posso afirmar que a experiência valeu muito a pena. Infelizmente, como nem tudo pode ser perfeito, nesta sala só havia sessões dubladas, o que foi uma grande perda levando em consideração a voz do Benedict, mas confesso que podia ser muito pior, já que a voz escolhida para seu personagem não ficou absurdamente discrepante.
Pra mim, o grande ponto fraco do filme foi o desperdício da atuação do Mads Mikkelsen que tornou-se um vilão com motivação pouco explorada. A solução final do embate com o vilão principal também me deixou com a estranha de "já?". É divertida, é icônica, mas deu a impressão de uma facilidade muito grande. Por fim, uma última reclamação foi a relação dele com a Christine, que no início eu realmente achei que seria bem abordada, mas que do meio para o final fica meio deixada de lado.
Mas apesar dessas pequenas insatisfações, posso afirmar que temos aqui um filme que vale muito a pena assistir uma, duas, três, um looping eterno de vezes (piadinha/referência infame, mas só de leve). É uma obra que traz a magia de uma nova forma; entretenimento de qualidade incrível.