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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Acabando com o "Não Tenho o que Vestir" #01



imagem encontrada no we heart it



  Ultimamente ando buscando consumir menos e isso é algo que provavelmente vai aparecer cada vez mais por aqui. Um dos pensamentos mais comuns em pessoas que  tem o hábito do consumismo fashion é o "não tenho o que vestir" e é pra lidarmos com isso é que vou iniciar essa "thread" de posts.
  O caso é que costumamos achar que estamos precisando de novas peças porque supostamente já usamos demais as que temos, ou porque elas não são mais tão bonitas quanto você achou que eram na hora que comprou. Isso acontece por alguns motivos:

1) As tendências são mais rápidas que nosso tempo de aderi-las, chegando novas coleções nas fast fashions semanalmente;

2) Descartamos - quando descartamos - peças que saíram de moda muito rapidamente, e quando elas voltam  para o circuito - e sempre voltam - adquirimos novas;

3) Achamos que não podemos repetir as roupas nos mesmo ambientes ou com as mesmas pessoas;

4) Não sabemos cuidar das nossas roupas em vários sentidos, seja na lavagem e na organização, seja esquecendo ela dentro do guarda-roupa e usando ela uma vez ao ano e olhe lá;

5) Somos incentivados a consumir o tempo todo: quando entramos numa loja "só pra dar uma olhadinha" e acabamos nos deparando com uma promoção muito boa de algo que até mesmo já temos, quando sentimos que só porque todo mundo usa tal peça ela vai cair muito bem na gente também, quando acompanhamos mil blogueiras e elas mostram que tais itens são indispensáveis, etc.


Imagem de quote, less, and need  Reparem que usei terceira pessoa do plural justamente porque ainda me incluo nessa maioria e estou traçando o caminho para fora dela. Citei algumas das muitas razões, mas que são suficientes para tentar entender o porquê disso tudo. É possível, no entanto, ver seus contra-argumentos e se fortalecer contra esse gasto de dinheiro excessivo, esse desperdício de trabalho e matéria-prima, essa falta de auto-controle e essa falta de valor que damos às nossas coisas.

1) É preciso que entender que nós não temos que seguir nenhum tipo de tendência para nos integrarmos a nada. Podemos é claro, gostar de coisas específicas e adaptá-las ao nosso dia a dia com o que temos ou até mesmo consumir conscientemente. Com este último quero dizer se você gostou da tendência off the shoulders e não tem nada em casa no estilo, prefira comprar apenas uma blusa no estilo para ver se combina com o que você tem, se você realmente se sente bem com ela.

2) Descartar - com isso entenda passar para a frente o que ainda tiver qualidade - o que não se gosta é algo positivo, servindo inclusive como exemplo para não consumir mais daquilo. Agora pensa comigo: se você não gostou depois que a tendência passou, para que comprar outra coisa do tipo só porque a tendência voltou?

3) A verdade é que as pessoas se importam mais com o que elas estão vestindo e o que os outros vão pensar delas do que com o que você está vestindo especificamente. Além disso, utilizando tal peça em diferentes combinações faz com que ela pareça completamente outra. Por fim, certas repetições fazem com que a peça vire uma referência do seu estilo pessoal. Roupa foi feita para ser usada, afinal.

4) Procure saber os tipos de cuidado que suas roupas exigem: algumas pedem lavagem à mão, outras precisam ser guardadas dobradas e não penduradas. Roupas de qualidade também garantem maior durabilidade e dificilmente esse é um fator em que pensamos na hora de consumir. Outro cuidado interessante é saber reconhecer nossas roupas: se só temos o que gostamos, o ideal seria que a usássemos frequentemente.

5) Resistir ao apelo midiático é uma peça fundamental. Dizemos "não" para tantas coisas que não nos fazem bem - e a essa altura já percebemos que consumir roupas desenfreadamente faz mal pra consciência social, ambiental e financeira -, nesse quesito também podemos dizê-lo. Buscar seguir pessoas que propagam um pensamento mais consciente também é uma ótima inspiração.


  Já temos alguns motivos, certo? Reflitamos um pouco sobre eles antes de passarmos para os próximos, porque o fato é que ia fazer uma postagem só, mas é sabido que o assunto é extenso e a superação do consumismo da moda é um processo. Espero que tenha sido útil e até a próxima postagem.

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