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sábado, 12 de setembro de 2015

Resenhas de Vidas Secas e Infância

  Selecionei duas obras da obra de Graciliano Ramos para terminar de ler em agosto. Leitura feita, vamos às resenhas.
 
 
 
Vidas Secas
 
  A obra é literalmente seca. Marcada de um regionalismo duro e um tanto animalizado. As falas são quase todas resmungos e sons animalescos, e o discurso indireto livre mostra a simplicidade de seus pensamentos. A personagem mais humanizada é justamente Baleia, a cadela responsável pela catarse da obra. Fabiano é bitolado com soldados e "macheza"; Sinhá Vitória vive a sonhar com um colchão; e menino mais novo quer ser como o pai e o mais velho é curioso e tem mais sentimentalismos que todos na família juntos. É um tanto generalizador e brutal, mas não é como se o autor da segunda geração modernista avaliasse com olhos externos à situação, a partir do momento em que Graciliano passou sua infância no Sertão nordestino.
 
 
 
 
 
 
Infância
 
  É uma autobiografia um tanto enevoada e muito infeliz. A infância foi cheia de violências, nada fácil. A leitura também não é para entreter: é dura. Apesar de ter lido apenas duas obras do autor, creio que talvez essa seja a marca para os livros de Graciliano: a dureza da realidade literária.
  Li-o devido a um trabalho de escola e tive de fazer um ensaio sobre a Violência e a Justiça relacionado a ele, o que foi complicado devido a complexidade e o peso do material, mas foi uma experiência enriquecedora. A maioria gritante de meus colegas de turma não gostou do livro. Não posso dizer que seja meu favorito, mas é uma obra importantíssima. Não recomendo em momentos de peso emocional, é claro, mas é algo a ser lido respeitavelmente.

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