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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Retrospectiva (?)


 
 
  Não sou de escrever textos assim por aqui, ou mesmo textos de final/início de ano, mas quis fazê-lo e assim o fiz. É algo que, de certa forma, nos ajuda a pôr as coisas no lugar, a organizar nossa bagunça de forma suave e a dar valor a acontecimentos que nos engrandeceram e transformaram. É aquele tipo de texto que nos deixa tontos de olhar para trás e para frente e, mesmo no meio da tontura, nos localiza e esclarece. Comecemos.
  Sob a Lua do Lobo, recordo-me. Recordo-me dos sufocos, pesares, provações. 2014 não foi um ano fácil, não foi um dos melhores. De certa forma, pareceu-me um anexo de 2013 um pouquinho mais sofrido, mas teve seu significado. Grandes descobertas, barreiras, fadigas e algum singelo descanso. Mas foi um ano de aprendizado. Não tentaria reescrevê-lo, pois dificilmente aprenderia tanto como o fiz. Oh, não quero me prolongar nessas memórias subjetivas e quase vazias para quem não compreende. Não quero, mas ainda por todo esse mês das recordações, creio que ainda o farei. Tenho que absorver algo mais desse ano que se foi. O que eu fiz e não devo mais fazer, e o que farei. Mas isso já é assunto para a metas desse novo ano.
  Pretendia prolongar a lista e não exporei tudo o que há nela, porque nem mesmo a mim expus completamente. Não queria nem mesmo fazer uma lista para não me sentir pressionada, mas acredito que os alcançarei mesmo assim. É claro, que sempre há uma meta que já está nas listas de objetivos para o próximo ano há no mínimo cinco anos. E o irônico é que esta é sempre uma das metas mais simples, como não roer as unhas ou cuidar melhor dos seus pertences. Talvez porque nos construímos de coisas simples, mas sempre focamos nas grandiosas.
  O que esperar de um ano que nasce com a força do chakra em Svadhisthana? Ah, espero desfrutar, mas também me moderar. Até porque concentrei-me no meu Vishudda. Memorável foi o fato de que eu estava sem ânimo, assim como todas as pessoas aqui de casa, porém meu estado de espírito estava se tranquilizando cada vez mais. Quando o ano virou e eu estava com meus olhos fechados, encontrando-me, minha voz ressoando um leve mantra, ah, tive uma inédita sensação. Era como se uma luz metafórica desse um pequeno giro e tivesse nova face límpida e clara. É um abstrato que me pareceu tão satisfatório, que meus olhos se encheram de lágrimas serenas.
  "Pode ser que sim, pode ser que não". Inconstâncias de um futuro que não se sabe. Mas o futuro é feito de presente. Então o futuro não é tão imprevisível assim se compormos nosso presente com consciência de nossos atos. É claro que um impulso aqui e outro ali façam um mal que traga um bem, mas o impulso sempre gera o instinto que não se deixa controlar pela razão. Ainda assim, minha meta mais subjetiva é: Não Hesitar. A hesitação toma os melhores momentos, limita o potencial, desperta tantos sentimentos que só atrapalham e poderiam ser evitados. Muito diferente dos impulsos físicos, os impulsos que vêm da alma nunca trazem arrependimento e não podem ser restringidos pela hesitação. Essa é minha maior meta, pois é algo além do material, é minha construção enquanto pessoa. Aliás, acredito que se o objetivo de todos fosse crescer pessoalmente e auxiliar os outros a fazê-lo, os anos que se passam não fariam diferença, pois nosso mundo estaria excelente demais até para isso.
  Que 2015 nos surpreenda positivamente!

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